Bispos criticam união civil homossexual durante Assembléia da CNBB

Questionados por jornalistas, Bispos reunidos na Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se manifestaram contrarios  às ações sobre o reconhecimento da união entre casais do mesmo sexo julgadas hoje pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá, considerou que a tentativa de equiparar a casamento  a união homossexual é uma agressão frontal à família, e sua eventual aprovação terá efeitos gravíssimos na sociedade.

"Trata-se da institucionalização das tentativas de destruição da família”, afirmou.

Dom Joaquim Mol, bispo auxiliar da Arquidioceses de Belo Horizonte, sublinhou que a família pode só se realizar plenamente a partir de um casal formado por homem e mulher e pressupõe a possibilidade de gerar filhos.

Questionado sobre o que pensava sobre a adoção de crianças por pais do mesmo sexo, respondeu: “A adoção é em si um serviço da mais alta nobreza. Mas não aceitamos fazer a equiparação com a família [no caso de casais do mesmo sexo]. Não é família. É uma comunidade de pessoas”.

As declarações dos prelados foram oferecidas durante uma coletiva de imprensa no Santuário de Aparecida, onde acontece a 49 Assembléia Geral da CNBB, o assunto não estava na pausa da coletiva e só vieram a tona a raiz das perguntas feitas por Jornalistas.


O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, tomou o microfone e lembrou que o tema “não é assunto da assembleia” e não está na pauta do encontro, que vai até o dia 13 de maio, apesar disso, ele se posicionou contrario à união homossexual.

Disse que a Igreja “sempre defende e defenderá os direitos das pessoas" e ela é “contra a exclusão”, no entanto, a família “é uma entidade que vem do direito natural" e não pode modificar-se sem descarateriza-la.

Ao manifestar-se, dom Edney Gouvêa Mattoso, Bispo diocesano de Nova Friburgo, disse que se o julgamento do STF for favorável às ações promovidas pelo Governo Federal e pelo Governo de Rio de Janeiro “nada vai mudar no posicionamento da Igreja Católica, ela vai continuar defendendo os direitos da família e a nossa fé. Isso também é liberdade”.

Dom Joaquim Mol acrescentou que caso os ministros votarem a favor da união estável entre homossexuais a Igreja vai precisar reforçar suas posições. “Esse assunto já foi discutido em outros países. No Brasil, devemos dar o exemplo para reforçar nossa ação na criação de convicção nas pessoas. Ainda que a lei permita isso ou aquilo, a minha convicção é essa.”


Com informações do portal G1.