Na Vigília de oração pela Vida o Papa Bento XVI exortou aos protagonistas da politica, da economia, da medicina, da ciência e da comunicação social a fazerem tudo o que é possível para promover uma cultura sempre respeitosa da vida humana, para procurar condições favoráveis e redes de apoio ao seu acolhimento e desenvolvimento.
Por iniciativa de Bento XVI, a Igreja Católica celebrou neste sábado , em todo o mundo, uma vigília de oração pela “vida nascente”. O próprio Papa assinalou a data, na Basílica de São Pedro, com a celebração das I vésperas do início do Advento, tempo litúrgico que antecede o Natal.
Na homilia Bento XVI agradeceu, antes de mais nada, a todos aqueles que aderiram a este convite e a todos aqueles que se dedicam de maneira especial a acolher e guardar a vida humana nas várias situações de fragilidade, em particular no seu inicio e nos seus primeiros passos.
Acreditar em Jesus Cristo – salientou o Papa – exige também que se assuma uma olhar novo sobre o homem, um olhar de confiança, de esperança…O ser humano tem a exigência de ser reconhecido como valor em si mesmo e merece que o escutem sempre com respeito e com amor. Tem o direito de não ser tratado como um objecto que se deve possuir ou como uma coisa que se pode manipular à vontade, de não ser reduzido a simples instrumento em vantagem de outros e dos seus interesses. A pessoa – acrescentou Bento XVI - é um bem em si mesma e é necessário procurar sempre o seu desenvolvimento integral. Depois – acrescentou o Papa – se o amor para com todos é sincero tende espontaneamente a tornar-se atenção preferencial pelos mais débeis e pelos mais pobres. É nesta linha que se coloca a solicitude da Igreja pela vida nascente, a mais frágil, a mais ameaçada pelo egoísmo dos adultos e pelo obscurecimento das consciências .
Na sua homilia durante a celebração das Primeiras Vésperas de Advento, na Basílica de S. Pedro, o Papa salientou a existência de tendências culturais que procuram anestesiar as consciências com motivações falsas. Acerca do embrião no seio materno, a própria ciência põe em evidência a autonomia capaz de interação com a mãe, a coordenação dos processos biológicos, a continuidade do desenvolvimento, a complexidade crescente do organismo. "Não se trata" – disse o Papa – "de um cúmulo de material biológico, mas sim de um novo ser vivo, dinâmico e maravilhosamente ordenado, um novo indivíduo da espécie humana".
"Infelizmente" – prosseguiu o Papa – "também depois do nascimento, a vida das crianças continua a ser exposta ao abandono, à fome, à miséria, à doença, aos abusos, à violência, à exploração. Às múltiplas violações dos seus direitos que se cometem no mundo ferem dolorosamente a consciência de cada homem de boa vontade. Perante o triste panorama das injustiças cometidas contra a vida do homem, antes e depois do nascimento faço meu" - disse Bento XVI – "o apelo apaixonado do Papa João Paulo II à responsabilidade de todos e de cada um: 'respeita, defende, ama e serve a vida, cada vida humana! Unicamente por esta estrada, encontrarás justiça, progresso, verdadeira liberdade, paz e felicidade!
Com informações da Rádio Vaticano.
Voto Católico | 27 de novembro de 2010.
Voto Católico | 27 de novembro de 2010.