
Referíamos de modo especial à defesa do ser humano, obra prima de Deus e que a Ele pertence e que ninguém, nenhum poder ou autoridade humana tem o direito de interrompe-la de qualquer modo que seja, desde a sua concepção. Entretanto existem aqueles que alegam que a mulher tem direito sobre seu próprio corpo e por isso poderiam interromper essa vida, fazer um aborto. É uma falácia.
Primeiro porque ninguém tem o direito de atentar contra nosso próprio corpo. O mandamento de Deus “Não Matarás” (Mt, 5) inclui também o suicídio. Em se tratando do aborto estão equivocados seus defensores porque o novo ser concebido não pertence ao corpo da mulher e assim o aborto provocado é um verdadeiro e covarde assassinato cometido contra um ser humano com total incapacidade de se defender.
As mulheres que assim erroneamente pensam não têm consciência de que um dia também foram fetos, bebês e que tiveram a felicidade de terem mães que respeitaram sua vida. Caso contrário não teriam nascido e também não estariam agora, quem sabe sendo assassinas de seus próprios filhos. Toda e qualquer colaboração que for dada em favor de uma “legislação” que permita o aborto é condenável.
Pois bem, estamos as vésperas das eleições gerais em que a sociedade e convocada a eleger os deputados federais e estaduais, os senadores e o presidente da República. Não reformo ou “mascaro” a verdade. Não altero quanto eu já escrevi a respeito da defesa da vida para agradar a outros ou esconder a verdade. Reafirmo o que em artigos anteriores escrevi e mantenho. Não votem em candidatos ou partidos que apóiam o aborto.
Reafirmo o que antes disse no meu primeiro artigo acima citado: Não dêem seu voto à Sra. Dilma Rousseff. Obedecendo as determinações tomadas em seus congressos assumiu como programa de partido a liberação total do aborto, inclusive penalizando dois deputados do PT que se recusaram a aceitar o aborto como programa do partido.
“A Deus o que é de Deus”.
Dom Luiz Gonzaga Bergonzini é Bispo da Diocese de Guarulhos, em São Paulo.
Guarulhos, 05 de outubro de 2010.